terça-feira, maio 31, 2005

Hoje, apesar da loucura...

trecho de um e-mail enviado a uma amiga numa tarde estranha

Você deve me conhecer o suficiente pra saber que não sou de puxar saco, mas que também não sou de ocultar a admiração que nutro por certas - e poucas - pessoas. Por isso, se sempre prodigalizei elogios a você entre essas poucas, não foi de bobeira, e nunca vai ser. Sempre temo que admiração seja confundida com bajulação, coisa de que tenho verdadeiro pavor, mas acho que nem por isso a gente deve deixar de ser sincera.

Hoje, apesar da loucura, parei pra pensar em como são poucas as pessoas que a gente realmente considera como amigas e como é ainda menor o número de pessoas que continuam sendo-o ao longo dos anos. Algumas por não terem se tornado íntimas o suficiente e outras por terem se tornado íntimas demais. Parece que vamos perdendo pedaços ao longo do caminho. Vai doendo, vai sarando. De uma coisa tenho certeza: tudo, pra florescer, tem de ser cultivado. A vida é uma horta!

E de criancice em criancice eu vou amadurecendo, contando com a tolerância quase divina de poucos e bons regadores humanos.

Eu não acredito em sorte. Mas se acreditasse, diria que tenho de monte. Basta olhar ao meu redor. Posso escolher fazer isso e enxergar só o pesar, mas também posso escolher me alegrar com o que vejo. Hoje foi um dia abençoado porque escolhi a segunda opção. Escolhi cultivar. E procurar o que me fazia falta.


 

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