quinta-feira, julho 21, 2005

Tudo por teu beijo

ou a "insistência do portuga"

Pedi-te um beijo, ó paulistinha empinada, que te custara, Patrícia, Fernanda ou Gisele, que me interessa teu nome, queria um teu beijo e só. Negaste-mo, então segui-te cidade adentro, pedindo amiúde que tomasses comigo uma bica antes de eu tomar o comboio para casa, 5 minutinhos e um beijo teu depois, não quiseste. Fui até a paragem do teu autocarro, quis saber se te agradava algum desporto, alguma equipa, se preferias o livro à televisão, se gostavas de bandas desenhadas, nada, resposta alguma, menos ainda o beijo teu que era tudo o que eu queria. Disse-te que as tuas peúgas coloridas eram bué, três vezes ou mais pois não me compreendeste da primeira e da segunda a dizer que as peúgas eram bonitas e que te vestias com bom gosto. É mal então um gajo ser gentil? Pois tocou o teu telemóvel e deixaste-me de banda, voltaste-me as costas, a mim, que não te pedia mais do que um beijo, trabalho infernal que é este de convencer uma rapariga a deitar-me beijos ainda que às faces. Voltaste-me as costas. Paulistinha empinada! Pois estava a olhar para os autos que passavam velozes quando te pedi e te exigi pela última vez um beijo, gritaste-me não, que não, que nunca, portuga safado, por isso mesmo te empurrei e deixei que beijasses primeiro a capota do Ford e depois o asfalto da rua que ficou todo vermelho do teu sangue. De tola que eras preferiste beijar o chão, quando fora mais fácil beijar-me a mim. Toma!


 

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