terça-feira, maio 30, 2006

Carta Marcada

Esse é do tempo em que eu gostava de rimar.

Sou bobo da tua corte, aristocrata;
Se queres gargalhar, ri do meu chiste;
Se não, deixa-me aqui – e já me mata:
Noutro reino minha vida não existe.

Do cão, sou a dentada traiçoeira,
Do gato, o amigo que não se esperou.
Das amantes marcadas, a primeira,
E dentre todas, a que mais te amou.

No baralho, coringa e não rainha
E no canteiro, espinho em vez de flor.
Dos teus sonhos secretos sou vizinha
E dos teus pesadelos, inventor.

11.2004

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