segunda-feira, julho 17, 2006

Hoje.

Hoje em dia tudo nasce e morre numa velocidade tão grande que estamos atravessando várias eras em apenas uma vida.

Eu me lembro de trocar cartas com pessoas de todo o país e não possuir internet. "O que será um e-mail?"

Lembro-me de escrever à mão e não saber usar um computador. Achava a máquina de escrever uma coisa complexa e monstruosa.

Lembro-me de algumas pessoas que no meu tempo de criança não tinham nem telefone em casa - eu mesma não tive durante muito tempo, e a família passava bem sem ele, curiosamente.

Hoje as crianças carregam celulares para a escola. Baixam trabalhos completos da internet para apresentar na escola. Sentem-se fora da moda sem um IPod. Ensinam a gente a usar as novas ferramentas da internet. E ouvem celebridades-minuto, fadadas ao esquecimento desde que nascem. As bandas clássicas estão morrendo, acompanhando o rock 'n' roll, que segundo Kravitz já morreu. As novas duram pelo tempo de uma piscadela.

O que era em minha infância já não é.

Rápido demais. Rápido demais. Vivemos um tempo de coisas efêmeras.


 

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